A Busca por Aprovação

Ela dança sob as luzes neon,

um sorriso que brilha, mas não ilumina.

Cada passo, um clamor por aprovação,

eco de risos que se desfaz ao amanhecer.

Nos braços de estranhos, busca abrigo,

mas ao voltar, a solidão a espera,

como sombra que nunca se despede,

e a alegria se dissolve em lágrimas silenciosas.

Amores efêmeros, trocas rápidas,

cada amante, um remendo para o coração rasgado.

Ela conta os filhos como se fossem histórias,

mas quem cuidará do terceiro, perdido na dança?

Na festa interminável, a vida é um espetáculo,

mas a cortina se fecha, e a realidade a engole.

Promessas sussurradas tornam-se ecos,

e a busca por segurança se transforma em desespero.

O que significa ser amada?

Uma pergunta que ressoa em cada copo levantado,

cada toque fugaz, cada olhar perdido.

Linda, a mulher que dança, mas não se encontra.

Entre risos e lágrimas, a dualidade se impõe,

uma vida de excessos, mas sem plenitude.

Ela busca liberdade, mas a responsabilidade a acorrenta,

e a festa se torna um cárcere de sua própria criação.

Fragmentos de esperança se escondem nas sombras,

mas a luz parece distante, quase inalcançável.

Enquanto a música toca, ela pergunta a si mesma:

quem sou eu, se não uma dança sem fim?