Balada ou ser Feliz?

No brilho das luzes, a música ecoa,

Corações vibram, a pista lota.

Ela dança solta, a noite é sua,

Mas o vazio no peito ninguém nota.

Copos se erguem, brindes à farra,

Risos ecoam, a euforia é constante.

Mas há um segredo que a alma amarra,

Na solidão, ela segue adiante.

Ele a amou com todo o seu ser,

Deu-lhe tudo, entregou seu coração.

Mas ela buscava na noite perder,

A profundidade da sua emoção.

Cada sábado, a mesma história,

Balada cheia, vazia de amor.

Nas manhãs, resta só a memória,

Do homem que se foi com a dor.

Ela queria a liberdade da dança,

Viver cada noite sem amarras.

Mas na quietude, sem esperança,

O coração se prende às garras.

As luzes piscam, cegam a visão,

Mas não apagam a tristeza interna.

No eco das risadas, a solidão,

Seu sorriso falso, alma inverna.

Ele observava de longe, calado,

Esperava que ela visse a verdade.

Mas o tempo passou, foi devastado,

Restou-lhe apenas a saudade.

No domingo, o silêncio grita,

O vazio ecoa pela sala.

A solidão agora é infinita,

Sem amor, a vida se embala.

Ela olha o espelho, vê o reflexo,

De uma vida que a balada tomou.

Os olhos tristes, o sorriso perplexo,

Perguntam-se onde o amor ficou.

Nas redes sociais, fotos brilhantes,

Alegrias postadas, ilusões.

Mas na realidade, momentos distantes,

Do amor que foi feito de emoções.

Ele seguiu seu caminho, resignado,

Encontrou paz, longe da farra.

Mas em seu peito, um amor guardado,

Que a distância e o tempo amarram.

Baladas sem fim, amores fugazes,

Não preencheram o vazio interno.

Os sábados de festa, paixões incapazes,

De trazer de volta o amor eterno.