Caminhos de Amor e Renascimento

Cal, 37 anos de histórias vividas,

Amou muitos homens, se isso é possível,

Duas vidas geradas, duas partidas,

Cada passo, um enredo imprevisível.

Dois filhos, de pais diferentes,

Cada um com seu destino traçado,

Um laço que ficou, ausente,

Num passado que parece apagado.

Há menos de um ano, rompeu o laço,

Uma relação que durou quase dez,

Agora carrega um outro pedaço,

De uma nova vida que cresce nos pés.

Conheceu alguém, mas não vai ficar,

Diz que não quer mais prender o coração,

Grávida outra vez, sem querer sonhar,

Na incerteza de uma nova emoção.

O que pretende, essa mulher tão só,

Que vê o amor como um vendaval?

Será que o destino lhe deu o nó,

Ou é ela quem rasga o final?

Amou e perdeu, tantas vezes já,

Mas segue adiante, sem vacilar,

Há uma força em Cal que persiste, está lá,

No desejo de um dia encontrar seu lugar.

Os homens vêm e vão como o vento,

Ela se entrega, mas sem se prender,

Talvez seja medo, talvez sentimento,

De que o amor possa a fazer sofrer.

Dois filhos, e mais um a caminho,

Cada um carrega um pedaço seu,

Mas o que deseja, no fundo, sozinho,

Só Cal sabe, sob o olhar seu.

Será que quer liberdade, ou talvez paz,

Depois de tanto amor que se desfez?

Ou busca um lugar onde nunca mais,

Tenha que lidar com a própria insensatez?

A vida pra ela é um jogo de azar,

Onde aposta sem medo de perder,

Mas será que um dia vai encontrar,

Um amor que a faça renascer?

Cada passo que dá, é um eco de dor,

Mas também de esperança em algum lugar,

De que o mundo lhe devolva o amor,

Sem a ferir, sem a fazer naufragar.

Ela, que já amou tanto, e nada restou,

Segue em frente, de cabeça erguida,

Talvez o que busca nunca encontrou,

Ou talvez seja só sobrevivida.

Mas Cal, com seus 37 anos,

Sabe que a vida é mais que ilusão,

E que cada sonho, mesmo insano,

É a semente da renovação.

E assim ela segue, grávida de sonhos,

De um futuro que possa ser seu,

Deixando pra trás amores tristonhos,

Na busca de um amor que nunca morreu.