
A cada garrafa que ela esvazia, A tristeza se esconde, se veste de alegria, Nos olhos um brilho, ilusório e breve, Na noite confusa, o coração é leve.
A cada garrafa que ela esvazia, A tristeza se esconde, se veste de alegria, Nos olhos um brilho, ilusório e breve, Na noite confusa, o coração é leve.
Bia, nome tão comum, Mas a vida dela, nem tanto assim, Vinte e três anos e um mundo em brumas, Num caminho escuro, mas sem fim.
No silêncio da madrugada, você dorme, eu não. Teus sonhos navegam mares, os meus se afogam em vão.
Ela está em um silêncio profundo, Nas sombras do que foi, se esconde, Seu olhar já não reflete o mundo, Nem a saudade que, às vezes, responde.
Você foi a pessoa que mais amei, A chama que ardeu sem cessar, Mas também foi a que mais me feriu, Como espinho que insiste em cortar.
Hoje, lágrimas desceram, cruas, sem piedade, Por te ver, mãe, em meio a tanta escuridão, Três filhos, cada qual com um pai, realidade, Um amor gigante, perdido na imensidão.
Sorriso lindo, brilho que cativa, Beijo doce, como fruta no verão, Carinho intenso, chama que me ativa, Mas juízo? Ah, esse se perdeu na imensidão.
Você teve coragem de dormir, Na cama que foi nossa, tão sagrada, Onde os sonhos vinham a fluir, E o amor reinava em cada madrugada?
Hoje eu entendo, com clareza cortante, A dor que o consumiu naquele instante, Quando seus olhos, cheios de desespero, Nos flagraram aos beijos, num gesto sincero.
Mesmo sabendo que seu afastamento é melhor para nós dois, Cada dia sem você é um abismo, uma escolha que dói. O tempo que se estende parece uma longa jornada, Onde cada passo...
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