Ciclos Viciosos

Na dança das luzes neon, ela se dissolve,

Um sorriso forjado, uma máscara de alegria,

Mas ao voltar, a casa é um eco de solidão,

As risadas se desfazem como fumaça no ar.

Cada festa, um amante passageiro,

Um amor descartável, um abraço que se vai,

Mas a alma anseia por algo verdadeiro,

Enquanto a noite se torna uma rotina vazia.

Nos braços de estranhos, busca abrigo,

Mas a segurança é um sonho distante,

As promessas se esvaem como o vinho,

Deixando apenas a ressaca da solidão.

Os filhos crescem em sombras,

Quem cuidará do terceiro, pergunta angustiante,

Enquanto ela dança entre ciclos viciosos,

Entre a liberdade e a responsabilidade.

Um copo erguido, um pedido mudo,

Mas a efemeridade das relações a deixa vazia,

O que é amor, senão um eco de risos?

Uma busca incessante por aprovação.

As baladas se tornam cada vez mais distantes,

Reflexos de uma vida que se desfaz,

Mas a esperança persiste, fragmentada,

Em meio à dor, uma luz tênue brilha.

Quem sou eu, senão uma dançarina perdida,

Nos passos descompassados da vida?

Enquanto o amanhã se apresenta incerto,

Será que encontrarei meu lugar neste caos?