Dança da Dúvida

Entre as luzes e sombras da vida noturna,

Ela dança com risos, em meio à bruma.

Nos bares e festas, a alma se desnuda,

Mas busca no coração, uma paz que não muda.

Em cada noite, há promessas de liberdade,

O brilho nos olhos, um reflexo de saudade.

Ela é rainha das ruas, do luar companheira,

Mas no fundo da alma, há uma lacuna inteira.

Ele chega, sereno, com olhar protetor,

Oferece um abrigo, um lar, um calor.

Ela o quer, mas não sabe se deve mudar,

Pois a vida de festa, é difícil de largar.

Em seus braços, encontra o refúgio esperado,

Mas o chamado da noite, é um canto entoado.

No dilema constante, vive a mente indecisa,

Entre a segurança de um lar e a farra precisa.

Ele vê nos seus olhos, a luta interna,

E lhe diz, com ternura, que o amor é a lanterna.

Ela ouve, com o coração em conflito,

Será que pode ter os dois mundos, num só grito?

Noites longas, as vezes gera incertezas,

Ela dança, mas sente falta da firmeza.

Em casa, ele espera, com paciência e amor,

Querendo ser o porto, na tempestade e na dor.

Há dias de festa, há noites de silêncio,

Ela sabe que o amor é mais do que um lenço.

Mas deixar a farra, é como perder a juventude,

Será que no amor, encontrará plenitude?

Ele diz que a ama, com toda a sinceridade,

Ela sente a verdade, mas teme a responsabilidade.

Em seu coração, uma batalha constante,

O desejo de festa, o amor reconfortante.

Ela caminha entre os dois mundos, incerta,

Buscando na vida, a resposta que é encoberta.

Ele a segura, com um amor imenso,

Querendo que ela veja, que o lar é o começo.

No final da noite, ao voltar da farra,

Ela encontra nele, o abraço que amarra.

E aos poucos, entende que o amor não a prende,

Mas lhe dá asas, para um voo que surpreende.

Ela dança, mas agora, com uma nova luz,

Pois sabe que em casa, o amor a conduz.

Entre a farra e o lar, encontra o equilíbrio,

E no abraço dele, descobre seu alívio.

O amor não é gaiola, é céu aberto,

E ela vê que, com ele, o caminho é certo.

A farra pode ser doce, mas o lar é o lugar,

Onde descansa, pensa, onde aprende a amar.