Dançando entre Sombras

No brilho fugaz das luzes neon,

Linda dança,

como se a vida fosse um eterno carnaval,

cada passo um grito de alegria,

mas ao voltar para casa,

a solidão a envolve como um velho amante.

Ela busca aprovação,

um amor que a proteja,

mas os homens se vão,

como sombras que se dissipam ao amanhecer.

Entre risos e copos erguidos,

se perde em festas,

mas o eco da tristeza a acompanha,

um sussurro constante em sua mente.

Relacionamentos descartáveis,

um ciclo vicioso de corpos e promessas,

onde cada amante é um remendo

para a ferida que nunca cicatriza.

Os filhos crescem longe,

quem cuidará do terceiro?

Ela dança, mas o ritmo é descompassado,

os passos se perdem na noite.

As luzes se apagam,

e a melancolia se torna palpável,

um peso que a puxa para baixo,

questionando o custo de sua liberdade.

Entre a euforia e a solidão,

ela busca um lugar,

um espaço onde a felicidade não seja efêmera,

mas o amanhã é um mistério,

um labirinto de escolhas e consequências.

Linda dança, mas a pergunta persiste:

será que encontrará seu lugar

neste mundo caótico?