Dançando nas Sombras da Responsabilidade

Na pista iluminada, onde risos ecoam vazios,

sombras dançam de promessas não cumpridas,

cada passo, uma escolha que me afasta da realidade,

um copo transbordante de sonhos destilados,

trocados pela manhã por filhos distantes —

quem cuida do terceiro, perdido entre os ecos?

Entre baladas vibrantes, a liberdade é uma ilusão,

um dilema que se desenrola sob luzes tênues,

minhas escapadas noturnas, uma dança frenética,

mas a solidão me observa, espectadora silenciosa,

um lamento por laços rompidos,

eco de risos que se transformam em lágrimas.

O humor sarcástico persiste, agora tingido

de uma consciência crescente sobre o custo emocional,

cada giro revela outra escolha perdida,

na festa interminável da minha própria prisão.

Refúgio em orações silenciosas,

mas ainda escuto as baladas chamando meu nome —

será que sou eu quem realmente danço?

Entre amores provisórios, busco aceitação,

cada amante, uma tentativa de preencher o vazio,

e a liberdade que tanto desejo se torna um peso.

Na encruzilhada da vida, onde o desejo de mudar

se choca com o caos que criei,

será que posso encontrar meu lugar neste mundo?

Enquanto danço entre sombras de responsabilidades,

cada passo é uma lembrança do que abandonei.