Entre Farras e Lamentos

Entre farras e lamentos, a vida se desenrola,

No frenesi das noites embriagadas de prazer,

Onde risos ecoam entre copos e viola,

E o tempo se perde na dança até o amanhecer.

Mas por trás das máscaras de alegria ensaiada,

Há histórias silenciosas de dor e solidão,

Corações que buscam na festa uma jornada,

Para esquecer a tristeza em cada canção.

Na luz dos refletores e néons brilhantes,

Dançam almas perdidas em busca de sentido,

Enquanto a madrugada dissolve instantes,

De uma felicidade que parece ter sido fingido.

Os olhos cansados guardam segredos profundos,

Entre as sombras das esquinas e becos da cidade,

Onde o eco das risadas se mistura aos murmúrios mornos,

Dos que buscam alívio em cada esquina da saudade.

Nas esquinas escuras, há lembranças entrelaçadas,

De amores perdidos e promessas não cumpridas,

Em cada gole de ilusão, a alma é atravessada,

Pelo vazio de quem vive entre a luz e a vida.

As noites se prolongam em um eterno vaivém,

De emoções intensas e fugazes como o vento,

Onde o coração se perde e se reencontra além,

Das fronteiras da razão, no escuro do sentimento.

E assim, entre farras e lamentos, a vida se tece,

Em teias complexas de risos e arrependimentos,

Onde cada passo dado é uma busca que não cesse,

Por um sentido maior em meio aos desalentos.

No palco das ruas, onde as histórias se entrelaçam,

Há melodias de esperança e de desilusão,

E entre os versos da noite, as vozes se enlaçam,

Cantando o destino de quem vive na contramão.

Ao romper da aurora, os ecos se dissipam lentos,

E os sentimentos se aquietam, no silêncio que vem,

Resta apenas a lembrança dos momentos,

Entre farras e lamentos, onde a vida se tem.