Farras de Ilusões

Nas farras de ilusões, a noite se desenha,

Entre risos que ecoam como sinos a tocar,

Copos erguidos em brindes à vida amanhã,

E a realidade se dissolve em um mar de encanto.

Sob os holofotes das luzes cintilantes,

Dançam corpos que buscam fugir da dor,

Entre abraços efêmeros e olhares fascinantes,

Caminhos se cruzam, buscando um novo ardor.

Em cada esquina, histórias se entrelaçam,

De almas sedentas por momentos fugidios,

Onde o tempo se dilui em instantes que passam,

E os corações se perdem em devaneios.

Nos cantos escuros, segredos são partilhados,

Entre sorrisos que escondem solidão,

Em um espetáculo de máscaras adornados,

Onde se celebra a efêmera ilusão.

Entre goles de sonhos e palpites incertos,

A madrugada se desenrola em mistério,

Enquanto os desejos se agitam entre os expertos,

E a realidade se dissolve em cenário sério.

Ao amanhecer, as luzes começam a desvanecer,

E os vestígios da noite se perdem no dia,

Resta a lembrança do que se fez prometer,

Nas farras de ilusões onde a alma se extravisa.

Mas mesmo na clareza do novo amanhecer,

Permanece o eco das vozes em uníssono,

Dos sonhos que se perdem no entardecer,

Nas farras de ilusões que o coração abandona.