
Festa Infinita
Na pista iluminada, onde a música ecoa,
Linda dança, perdida em risos e copos,
cada passo um grito por aprovação,
um amor que a abrace, que a faça sentir viva.
Mas ao amanhecer, a solidão se instala,
como um manto pesado, sufocante,
as luzes neon se apagam,
e ela conta os amantes, um a um,
como estrelas que caem do céu em desespero.
Os abraços temporários, tão vazios,
cada um uma tentativa de preencher o abismo,
mas a efemeridade das relações
é um eco de risos que se esvaem,
um ciclo vicioso de prazeres fugazes.
Ela busca na festa o que não encontra em casa,
um amor que a proteja, mas não sabe dar,
e os homens se vão, como sombras na luz,
deixando apenas a lembrança de um toque,
de um olhar que prometeu o mundo.
As baladas se tornam refúgios,
mas o que é liberdade se não uma prisão?
Os filhos crescem longe,
quem cuidará do terceiro?
As decisões impulsivas dançam como ela,
descompassadas, em busca de um ritmo perdido.
Na confusão dos sentimentos,
ela se pergunta se um dia encontrará
um amor que não seja descartável.
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