Florescer na Adversidade

Dezoito anos e o mundo na mão,

Mas o amor, que parecia salvação,

Ruiu em dois meses de despedida,

Deixando só dor, e uma alma perdida.

Giovanna, tão jovem, e já a lutar,

O sonho de vida começou a pesar,

Descobriu na barriga um segredo guardado,

Um segundo filho de um amor já calado.

O coração é um campo de guerra,

Onde o futuro e o medo se encerram,

“O que farei?”, pergunta ao espelho,

Enquanto o ventre carrega um novo conselho.

Não quer mais o pai, nem as promessas,

Quebradas na pressa, rasgadas às pressas.

“Como criar o que dele ficou,

Se o amor que eu tinha já se apagou?”

Ela é mãe, é guerreira, é força que cresce,

Mesmo que o mundo à sua volta regresse,

Ela decide: “Vou seguir em frente,

Por mim e por eles, sou fogo, sou gente.

Dezoito anos e um peso no ombro,

Mas Giovanna não deixa que a vida desmonte,

Com passos pequenos, vai conquistar,

Um futuro que ninguém pode roubar.

Pois na dor há beleza, no caos há destino,

E Giovanna entende, no seu desatino,

Que mesmo sozinha, pode vencer,

E ensinar aos filhos o que é renascer.