Nas Sombras dos Bares

Na casa onde o silêncio ecoa sem consolo,

Ela vagueia com sentimentos em turbilhão,

Entre paredes que sufocam sua alma,

A solidão interna encontra morada na escuridão.

Entre móveis familiares e fotos sorridentes,

Sua mente vagueia, perdida e incerta,

Os passos pesam, os pensamentos voam,

Em busca de um refúgio que a acolha de verdade.

Nos bares e nas aglomerações encontrados,

Ela se dissolve na multidão que a preenche,

Entre risos fingidos e conversas passageiras,

Busca alívio para a dor que a mente retém.

Os olhares perdidos no fundo de um copo,

Refletem a tristeza que ela tenta esconder,

A música alta abafa os ecos da sua alma,

Mas a solidão persiste, sem se esquecer.

Nas noites sem estrelas, onde tudo se confunde,

Ela se perde nos labirintos do próprio ser,

Procurando um sentido, um ponto de partida,

Para sair da escuridão que a faz perecer.

Os amigos passageiros, as relações efêmeras,

Apenas mascaram a verdadeira solidão,

Que a consome por dentro, sem piedade,

Deixando-a à deriva na sua própria condição.

Entre taças vazias e cigarros queimados,

Os pensamentos se entrelaçam em desespero,

Ela busca uma luz no meio da escuridão,

Um raio de esperança para seu coração austero.

Mas até que encontre a paz dentro de si,

Continuará perdida, em busca de abrigo,

Nas noites frias e nos dias sem cor,

Onde a solidão é seu único amigo.