Prisioneira da Solidão

Na dança dos sonhos, ela se perdeu,

Amores jogados, um caos se ergueu.

Seu coração, tão cheio de promessas vãs,

Agora só ecoa lamentos e afãs.

Ela, rainha do drama e do desencontro,

Fez do amor um espetáculo de pranto.

Com palavras afiadas, feriu sem pensar,

Agora vive só, sem ninguém pra amar.

Prometeu mil universos, estrelas a brilhar,

Mas sua lua minguante só soube enganar.

Com suas tramas e truques de mágica sem cor,

Despedaçou corações sem um pingo de pudor.

No espelho do passado, reflete a solidão,

Uma sombra que dança e dança em contradição.

Risos falsos, promessas quebradas,

Hoje, só o silêncio acompanha suas jornadas.

Amor? Para ela, um jogo banal,

Fez do romance um teatro, um carnaval.

Em seus olhos, antes brilho, agora só há

Uma névoa de sonhos que não voltará.

Fez do amor um palco de vaidades,

Sua peça, um drama de falsidades.

Os aplausos se foram, o palco esvaziou,

Agora, na solidão, só o eco ficou.

Tantas juras, promessas ao vento,

Agora só resta o vazio do momento.

Deixou de lado o amor sincero,

Agora vive num deserto austero.

Nos bailes da vida, dançava sozinha,

Um coração vazio, uma rainha mesquinha.

Sua coroa, agora, de espinhos e dor,

A solidão é o preço do falso amor.

O tempo, implacável, cobra sua dívida,

Os amores perdidos, em trilha dividida.

Ela no cumo de sua torre de ilusões,

Chora sozinha, perdida em mil contradições.

Em seus contos de fada, sempre a princesa,

Mas a realidade trouxe frieza e incerteza.

O príncipe encantado cansou da canção,

Deixou-a no baile, com sua solidão.

Aos que prometeram amor, ela deu migalhas,

Agora vive em um mar de falhas.

Sua ilha de sonhos, agora isolada,

Lamenta os amores, a chance desperdiçada.

A vida, com ironia, sua mestra severa,

Mostrou-lhe que amor não se trata como mera

Diversão passageira, um capricho, um favor.

Agora, só a solidão conhece seu valor.

E assim, no crepúsculo de sua história,

Ela aprende, amargamente, a lição da memória.

Que o amor, quando não cuidado com devoção,

Deixa só a amarga marca da solidão.