Promessas Vazias

Ela voltou e se foi tantas vezes, 

Prometendo mudar, sem nunca fazer as pazes. 

Tantas palavras ditas, sem ação, 

Uma dança de ilusões, uma constante frustração.

Cada retorno, uma esperança renascida, 

Cada partida, uma ferida reaberta e esquecida. 

Prometia o mundo, um futuro melhor, 

Mas no fundo, era sempre o mesmo ardor.

Seu sorriso encantava, suas palavras tocavam, 

Mas seus atos, sempre, no mesmo lugar ficavam. 

Disse que mudaria, que faria diferente, 

Mas era a mesma história, recorrente e ausente.

Construí castelos nas nuvens, criei ilusões, 

Mas suas promessas foram só desilusões. 

Esperava um novo começo, um recomeço sincero, 

Mas o ciclo vicioso tornou-se o mesmo inferno.

Tantas noites perdidas, esperando um sinal, 

Que ela voltasse diferente, menos trivial. 

Mas cada volta era um eco do passado, 

Promessas vazias, um amor desgastado.

O tempo passou, e as promessas ficaram, 

Como fantasmas que no silêncio me assombraram. 

Ela voltou e se foi, sem nada alterar, 

Deixando um rastro de dor a me consumir devagar.

Procurei força para seguir em frente, 

Deixar pra trás o passado e sua gente. 

Mas o coração, teimoso, insistia em esperar, 

Por um milagre, por um gesto a nos salvar.

Cada retorno era uma faca no peito, 

Cada partida, um alívio imperfeito. 

Queria acreditar, mas aprendi a lição, 

Que as promessas vazias são só decepção.

Ela voltou e se foi, tantas e tantas vezes, 

Deixando um rastro de lágrimas, cicatrizes e revezes. 

Prometia o mundo, mas o mundo não mudou, 

E o amor que sentia, aos poucos, se apagou.

Agora sigo em frente, sem olhar para trás, 

Deixando as promessas no passado, em paz. 

Ela segue a mesma, sem nunca mudar, 

Mas eu encontrei força para me libertar.

E assim encerro essa história, esse ciclo sem fim, 

De promessas vazias e um amor ruim. 

Ela voltou e se foi, tantas vezes prometendo, 

Mas a vida é curta, e eu sigo vivendo.

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