Na trama do destino, onde os corações se encontram,

Há quem busque a companhia, o laço que eternizam.

Mas há quem tema, na união, a prisão do sonho,

Onde o amor, por entre os dedos, escorre em rios tristonhos.

E na conversa singela, no encontro casual,

Ela tece os fios da esperança, do amor irreal.

Palavras que bailam no ar, como suaves melodias,

Mas ele, cauteloso, teme as armadilhas, as ironias.

A mulher, em cada frase, planta sementes de afeto,

Sonhos de um futuro juntos, um amor completo.

Mas ele, acostumado à solidão, ao seu mundo particular,

Vê no amor uma ameaça, um caminho a evitar.

E assim, como o pássaro que teme a gaiola,

Ele foge dos laços, da promessa que carola.

Ela, como a brisa suave que dança na alvorada,

Tenta envolvê-lo, com ternura, na jornada.

Mas ele, cego pelo medo, pela insegurança,

Prefere a liberdade solitária, sem esperança.

E ela, como a lua que brilha na escuridão,

Ilumina seu caminho, mesmo na solidão.

A mulher, com sua doçura, sua alma em flor,

Oferece-lhe o amor verdadeiro, sem temor.

Mas ele, preso às sombras do passado, da incerteza,

Recua, temeroso, sem ver a beleza.

E assim, entre juras não ditas e sonhos não vividos,

Eles dançam a dança do afeto, entre risos e gemidos.

Ela deseja o casamento das almas, a união eterna,

Ele teme a prisão, a perda da própria jornada interna.

E no fim, como o rio que segue seu curso,

Eles se separam, cada um em seu universo.

Ela, com o coração partido, mas ainda cheio de amor,

Segue em frente, esperando por um novo ardor.

E ele, com o peso da solidão, do arrependimento,

Reflete sobre suas escolhas, sobre seu tormento.

Mas é tarde demais para voltar atrás, para mudar o destino,

E ele segue adiante, na busca do seu próprio caminho divino.

E assim, entre o querer e o temer, a vida se desenrola,

Cada um seguindo seu rumo, em sua própria escola.

Mas a lição permanece, como um eco na noite escura,

Que o amor verdadeiro, quando negado, deixa cicatrizes na alma pura.